Tazio Giorgio Nuvolari – o primeiro italiano de que escrevo, é para outro grande nome do automobilismo mundial o “melhor condutor do passado, presente e do futuro” – palavras de Ferdinand Porsche. E como o signore Enzo Ferrari dizia, ele “pode ganhar com um qualquer carro sob quaisquer circunstâncias e em qualquer pista”.
Como já disse, “Il Mantovano Volante” – como é conhecido por todos – é um dos maiores vultos do automobilismo mundial não pela sua velocidade ou perícia – como o outro gigante sonhador Senna – mas por inúmeros feitos inacreditáveis.
Mesmo tendo entrado no mundo do automobilismo tarde, já com 28 anos, começou primeiro pelas motos mas foi a facilidade com que trocava de um para o outro que lhe valeu a sua fama e o colocou nos holofotes do mundo do automobilismo. O próprio foi o autor de uma das derrotas mais vergonhosas para o Terceiro Reich quando em 1935 venceu o Grande Prémio Alemão, para grande desgosto de Adolf.
Em 1925, por exemplo, enquanto engessado como uma múmia devido a um acidente na semana anterior, Nuvolari competiu na sua mota Bianchi para a vitória. Noutra ocasião, em 1948, enquanto estava na frente da árdua competição Milli Miglia, uma competição de 1000 milhas em Itália, o capô do seu Ferrari simplesmente explodiu, mas ainda assim continuou.
Mesmo quando admirado por todos, até mesmo o seu arqui-rival se curvava perante ele e admitia que o mesmo foi o “mais corajoso e mais talentoso condutor de todos”. E quando assim é, nada mais existe a apontar.
É uma área que conquista paixões por milhares de todo o Mundo, mas nem todos que lá passam conseguem deixar uma marca indelével e numa altura em que os carros não são a “segurança” que são hoje. Quando uma vez visitou uma loja local em Mântua para pedir direções, o dono da loja no final disse – “Obrigado por ter vindo. Um homem como Nuvolari não nascerá nunca mais.”
Texto da Autoria de Diogo Rodeiro, Gestor de Conteúdos do Sonhadorismo
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