“O que farias se não tivesses nada a perder?!”
Todos os dias me cruzo com esta frase pintada na parede, no meu caminho para a Padaria.
Faça chuva ou faça sol, ela ali está. Desgastada, mas sempre presente. Há dias em que tem em mim um efeito motivador, outros em que tento ignorá-la.
Imagino que tenha a ver com o facto, de naquele momento estar mais ou menos alinhado com aquilo que quero viver.
A pergunta é simples e poderosa! Se de repente apagássemos da nossa vida esse conceito de perda, ficaríamos obrigados a conquistar tudo aquilo para o qual estamos destinados! É como se de repente nos tirassem a rede de segurança.
Na verdade, esta ideia de que temos sempre algo a perder, é a desculpa que encontramos dentro de nós, para não irmos mais além. Para nos contentarmos com a nossa subfelicidade.
Sempre que nasce em nós aquela chama de ir mais além, de nos conectarmos mais profundamente com aquilo que imaginamos ser o nosso propósito de vida, o nosso guardião da zona de conforto sussurra-nos… “olha que tens muito a perder”. E assim apagamos essa chama, apaziguamos a nossa alma, no conforto da certeza de que não vale a pena perder. Mas será que existe mesmo algo a perder?!
Conforme disse Séneca, ” A Vida é curta demais e cheia de ansiedades para aqueles que se esquecem do passado, não fazem nada no presente e temem o futuro. Quando se aproximam do fim, esses pobres coitados apercebem-se demasiado tarde de que durante todo esse tempo só estiveram preocupados em não fazer nada”.
Que saibamos viver cada um dos nossos dias como “Se Não Tivéssemos Nada a Perder….”
Artigo da Autoria de Rui Loureiro, mentor do Projeto Sonhadorismo.
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