Uma das brincadeiras preferidas da minha filha é soprar bolas de sabão! Eu não soprava bolas de sabão desde a minha infância! Apesar do enorme prazer em soprá-las e ver a felicidade estampada no rosto da Camila, o efeito que tem em mim aos 38 anos, é completamente diferente de quando tinha a idade dela.

Dei por mim no outro dia a observar a aleatoriedade da qualidade e da longevidade de cada bola sabão, independentemente do esforço e cuidado, para que cada sopradela fosse melhor que a anterior. Fiquei a pensar no paralelismo que existe entre as nossas vidas e as bolas de sabão.

A vida não é mais do que uma sucessão de sopros que resultam uma vezes em lindas bolas que voam até as perder de vista, ou noutras que não chegam sequer a sê-las.

Tentamos controlar todas as nossas decisões e ações, com a esperança de que os resultados sejam aqueles que esperamos. Mas tal como aquela  sopradela que nos parece perfeita, resulta numa bola que rebenta antes mesmo de voar, também o nosso controlo se revela a maior parte das vezes infrutífero perante as nossas expectativas.

A vida não é mais do que uma sucessão de sopros que resultam uma vezes em lindas bolas que voam até as perder de vista, ou noutras que não chegam sequer a sê-las. E a beleza da vida está precisamente nisso! A única certeza é que quantos mais sopros (tentativas), melhores bolas (resultados) estaremos perto de conquistar!

Texto da Autoria de Rui Loureiro Mentor do Projeto Sonhadorismo

#KeepDreaming