A única coisa que nos pode verdadeiramente impedir de tentar concretizar as nossas paixões, os nossos sonhos, de sermos verdadeiramente felizes conectando-nos com o que realmente nos realiza, é a nossa mente.

Todos nós de uma forma mais ou menos consciente, já reparámos que a nossa mente é povoada de um redemoinho de pensamentos, julgamentos, pré-conceitos, medos e receios, os quais são muito difíceis de parar.

— é como se essa mente que incessantemente nos atormenta, apenas desse tréguas sempre que a alimentamos com facilitadores de alienação. 

Talvez seja por isso que as pessoas procurem tanto os centros comerciais, os locais de diversão noturna, restaurantes apinhados de gente, ou seja, locais onde facilmente recebemos outros estímulos que nos ajudam a ignorar esse “trabalho” da nossa mente. A isso se deve também o sucesso dos reality shows, das telenovelas, dos smart phones…. é como se essa mente que incessantemente nos atormenta, apenas desse tréguas sempre que a alimentamos com facilitadores de alienação. Pois bem ….. ignorar esses pensamentos não é a solução.

 

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Há decisões, atitudes, coragens e determinações, que só se materializam enfrentando e desconstruindo esses pensamentos. E isso só se consegue tornando-os conscientes, convidando-os a entrar no nosso coração e aí sentarem-se  connosco. É então que olhos nos olhos os enfrentamos e desconstruímos. Não à primeira, nem à segunda, nem á terceira. Vão ser precisos muitos rounds, muitos KOs técnicos, muita dor e capacidade para aguentar murros e pontapés.

Isto só é possível, ou será tão mais fácil, quanto mais sozinhos e isolados estivermos.

— Nestes cenários, desistimos de fugir ou ignorar a nossa mente.

Felizmente tive a coragem de partir várias vezes sem esperar por ninguém. Muitas horas passadas sozinho, em incontáveis viagens por terra, ar e água. Muitas horas passadas deitado na cama, olhando para a ventoinha que me ajudava a suportar calores abafados e húmidos. Muitas horas a fazer tempo, para ler as últimas páginas de um livro que teimava em chegar ao fim depressa demais. Muitas boleias recusadas na ida à mercearia, só para ter o que fazer nas próximas horas. Nestes cenários, desistimos de fugir ou ignorar a nossa mente. Nada nos resta do que a convidar a entrar, e aí sim a verdadeira viagem começa…. ao interior de nós próprios!

#KeepDreaming

Texto da Autoria de Rui Loureiro Mentor do Projeto Sonhadorismo