Somos hoje levados a acreditar de que vivemos num mundo cinza, á beira do colapso, em crise e sem expectativas de oportunidades ou melhoras. Ora bem…. o que acontece é que o Mundo está  a mudar, como aliás sempre esteve! A grande novidade é que as mudanças em épocas antepassadas era mais graduais, mais suaves, dando mais tempo á adaptação do ser humano. 
A humanidade está pela primeira vez a experimentar uma mudança acelerada à qual muitos de nós tem dificuldade em responder. Os medos, inseguranças e vulnerabilidades, provocados pela sensação de que aquilo que nos é familiar não dura sequer uma geração é que cria esse cenário apocalíptico no qual a sociedade tende a viver. 
Muito se ouve sobre a falta de empregos…..ora há falta de oportunidade de empregos sim, mas para aquelas profissões que nos habituámos a ter como certas e para as quais as nossas escolas e universidades ainda continuam a formar alunos. Nunca houve tantas oportunidades de empregos em áreas que muitos ainda têm dificuldade em reconhecer como oportunidades e necessárias. Nunca as oportunidades de atingir o estatuto global foi tão presente. Ora a grande questão aqui é decidir em que mundo queremos viver. 
Há alguns anos atrás decidi “investir” dinheiro em algo que muitos considerariam gastar e inscrevi-me no Business World Fórum em Madrid. Um ciclo de conferências de 2 dias, pagos a peso de ouro, onde pude assistir à palestra de Kevin Roberts na qual dizia que podemos sempre escolher entre viver no VICA WORLD (Volátil, Incerto, Caótico e Ambíguo) ou no SUPER VICA WORLD ( Vibrante, Intenso, Conectado e Alucinante). Mais importante do que escolhermos em que mundo queremos viver é que mundo projectamos para as nossas crianças e jovens. Se não os protegermos da mensagem negativista que hoje em dia é passada pelos media, se não evitarmos sermos o eco dessa mensagem, estaremos a provocar danos muitas vezes irreparáveis no desenvolvimento dos nossos jovens. 
Deixar que uma criança assimile essa mensagem é prepará-la para aceitar o falhanço como algo normal, é deixar que o fracasso passe a ser a expectativa e a sua zona de conforto. Muitas vezes enquanto professor me deparei com alunos que nada esperavam de positivo na vida. Quando os questionava se não lhes preocupava a situação de iminente chumbo em que se encontravam, respondiam-me ,“de que vale estudar se o que me espera é o desemprego a falta de oportunidades ou um emprego mal remunerado? 
“Ouvi muito disto de crianças com 14, 15, 16 ou 17 anos….. que recebiam esta mensagem dos seus Pais ou Professores. Nenhum adulto tem o direito de condicionar a capacidade de sonhar de uma criança.
Escolhe o Mundo em Que Vives!
#KeepDreaming