À Descoberta do Teu Potencial……..
Segundo os dados da Neurobiologia ( a ciência que estuda o cérebro), praticamente todos nós nascemos sobredotados e temos um potencial de aprendizagem ilimitado. À nascença, possuímos um número inquantificável de neurónios e possibilidades de sinapses que, se forem estimulados, possibilitariam capacidades cognitivas e emocionais muito para além do que imaginamos!
Infelizmente, devido ao tipo de educação que quase todos sofremos, e às experiências que fazemos na infância, grande parte das sinapses atrofiam. Num mundo em que é dada máxima importância à obediência, à repressão de sentimentos intensos e à aquisição de estatuto social resultante de critérios de produtividade (primeiro, na escola, através de notas e depois, no mundo de trabalho, através da subida na hierarquia social conseguida e demonstrada através de valores materiais), o desenvolvimento do nosso máximo potencial humano está seriamente comprometido.
Porém, para uma vida feliz e preenchida é fundamental que cada um de nós encontre os seus talentos e tenha a oportunidade de viver as suas paixões e ideais. Grande parte das pessoas nunca encontra o que Ken Robinson chama “O seu Elemento”: “o ponto em que a aptidão natural e a paixão pessoal se encontram.”
O Elemento não é um hobby que se faz aos fins de semana de vez em quando para relaxar. Não é uma competência que se aprimora com o objetivo de fazer dinheiro. Não é um passatempo ou uma fuga do quotidiano aborrecido. O Elemento é aquilo que nos entusiasma e inspira, que nos faz vibrar e sentir a vida em pleno.
“Encontrar o Elemento é essencial para termos uma vida equilibrada e satisfatória. Também pode ajudar-nos a compreender quem realmente somos. Atualmente, existe uma tendência para sermos identificados de acordo com o nosso trabalho. A primeira pergunta em festas ou reuniões sociais costuma ser: O que é que faz? Ao que respondemos respeitosamente com uma descrição de primeira linha sobre a nossa profissão. “Sou professor”; “Sou designer”, “Sou motorista”. É possível que, se não tivermos um trabalho remunerado, nos sintamos incomodados e achemos necessário uma explicação. Para muitos de nós, o trabalho que fazemos define-nos inclusivamente aos nossos próprios olhos-mesmo que não expresse o que realmente somos. Isto pode ser particularmente frustrante se o que fazemos não nos satisfaz. Se o trabalho não corresponde ao nosso Elemento, torna-se ainda mais importante descobrir este último noutro sítio. Para começar, essa descoberta pode enriquecer todo o resto. Fazer o que adoramos, ainda que só lhe possamos dedicar um ou duas horas por semana, pode tornar todo o resto mais agradável. E em certas circunstâncias, pode levar a transformações que não julgávamos possíveis.”
Embora grande parte das pessoas nunca encontre o seu elemento e viva uma vida, de certa forma, “desmotivada”, há aqueles que, pelas mais variadas razões, conseguem manter viva a sua voz interior e conhecer e seguir a sua paixão.
Entre estes últimos, duas opções se afiguram: manter-se num trabalho estável que resolve os problemas financeiros e desenvolver o Elemento numa base paralela, como amador, ou desistir do emprego e embarcar totalmente no desenvolvimento do Elemento. ( A palavra amador deriva do latim amator, que significa amante, amigo devoto ou alguém que persegue avidamente um objetivo. No sentido original, um amador é alguém que faz algo por amor. Os amadores são movidos por uma paixão pelo que fazem e não pela necessidade de pagarem contas. Por outras palavras, os verdadeiros amadores são pessoas que encontraram o Elemento noutra atividade que não o seu trabalho.)
É sobre estas pessoas, que descobriram o seu Elemento e o realizam, quer como amadores quer como profissionais, que irei escrever nas próximas semanas.
Artigo da Autoria da Colaboradora SDO Agnes Sedlmayr e autora do site http://www.livreparacrescer.com
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